Nova turma do Com.Direitos segue apostando na inclusão, diversidade e empoderamento de meninas autodeclaradas negras, cis e trans

 
 
 

Interação durante abertura da 5ª turma Com.Direitos. Atividade formativa – a história do meu nome. Roda de apresentação e expectativas para essa nova formação da turma de 2024 do Com.Direitos. Exercício coletivo de acolher o ser e existir. Sala de formação da turma, tudo preparado com zelo pela equipe local para receber a nova turma de adolescentes.


A nova turma do Projeto Com.Direitos vai beneficiar 35 adolescentes de diferentes regiões da capital pernambucana, sendo 32 meninas cis, duas meninas trans e uma não binária. Do total de participantes, 32 se autodeclararam pretas ou pardas. As aulas começaram no dia 4 de março, e a abertura foi realizada no Centro de Referência de Assistência Social (CREAS) Miguel Otávio, no bairro do Pina, em Recife.

A.S., de 17 anos, é aluna da nova turma e conta que está descobrindo uma segunda família dentro do projeto. “Aqui é um lugar onde a gente se sente acolhida. Muitas de nós tivemos vidas difíceis. Cada uma aqui tem a sua história, tem o seu trajeto. Nesta sala tenho me sentido segura para expor minhas vulnerabilidades e para aprender com as vulnerabilidades das minhas colegas. Quero entrar no mundo do trabalho com o pé direito, vou me empenhar porque sei que vai dar certo”, relatou a jovem.

Para o coordenador pedagógico e de implementação do Projeto Com.Direitos, Márcio Lupi, conseguir montar a turma após um período de seleção muito desafiador é uma grande conquista. “Estamos muito felizes com a nova turma. E ainda mais pelo fato de continuarmos a oferecer a proposta do projeto para um público tão importante e socialmente negligenciado. Instrumentalizar essas meninas, com esse perfil de grupo, é, de certa forma, diminuir o abismo de desigualdades existente entre oportunidades e públicos historicamente vulnerabilizados”, comentou Lupi.

Público de meninas do Com.Direitos atenta à abetura da turma.

 

Equipe do IA dando as boas-vindas no 1° Encontro com Responsáveis da turma de 2024.

 

Painel do afeto feito durante abertura da 5ª turma do Com.Direitos.

 
Sala de formação pronta para receber as adolescentes.

  Balão das expectativas esperando a turma de 2024 para iniciar mais uma jornada de aprendizados no Com.Direitos.

Alcance – Financiado pelo Freedom Fund, a partir de uma doação do Departamento de Estado dos Estados Unidos, o Projeto Com.Direitos tem o propósito de erradicar a exploração sexual comercial de crianças e adolescentes em sua região de incidência, demonstrando ser um modelo viável para outras regiões do Brasil. No fim do primeiro semestre de 2024, o projeto alcançará a marca de 149 adolescentes atendidas pela formação em desenvolvimento pessoal e social desde que começou, em 2021.

"O número é sim relevante, mas nossa alegria está nas transformações individuais. É para isso que olhamos. Entender que temos contribuído com o fortalecimento da autoestima e reconhecimento de potenciais de meninas cis e trans – em sua maioria autodeclaradas pretas e pardas – nos faz querer seguir", ressaltou a coordenadora local do projeto, Akueline Cordeiro.

O projeto ainda impulsiona conquistas muito significativas das participantes, como o retorno aos estudos, o acesso ao primeiro documento de identidade e a orientação de famílias inteiras à rede de serviços de assistência social para a garantia de direitos básicos.

Segundo a diretora técnica e coordenadora-geral da área de DH do Instituto Aliança, Ilma Oliveira, o Com.Direitos é uma importante ação intersetorial. “O projeto tem a missão e o compromisso de apoiar no desenvolvimento amplo e integral das adolescentes, com olhos para diferentes dimensões da vida, de forma inclusiva, como a cultural, a acadêmica e a profissional. São muitas mãos envolvidas, contando com as competentes mãos da equipe do IA, na ponta”, explicou Ilma.


Caminho que revela os temas do itinerário formativo a cada oficina.

Equipe local do IA Com.Direitos dando boas-vindas para a turma de 2024.


Cuidado – Um elo forte para alcançar resultados é a participação ativa dos cuidadores (pais, mães e responsáveis). Desde a etapa de seleção das adolescentes participantes, as famílias são convocadas a assumir um lugar de parceria. Isso, porque o fortalecimento dos núcleos familiares colabora de forma direta e especial na permanência de cada menina durante a formação inicial, feita pelo Instituto Aliança, e no período de inserção laboral.

"Eu acho que esse projeto vai abrir um universo de oportunidades para minha filha. Uma menina preta, que veio de uma favela com poucas oportunidades. Creio que através desse projeto vão se abrir novas possibilidades de capacitação, portas de emprego, e a gente vai saber que uma menina jovem de periferia pode ser e fazer tudo o que quiser", comentou a responsável Aline Santos, mãe de uma das adolescentes.


 
Atividade formativa – a história do meu nome.

  Atividade formativa – a história do meu nome.
 
Primeiros momentos de interação entre as adolescentes da turma de 2024.

  Primeiros momentos de interação entre as adolescentes da turma de 2024.


Saiba mais – O Com.Direitos foi iniciado em 2021 e cumpriu sua etapa piloto com alcance e superação dos objetivos, motivando a continuidade das ações até 2024. Financiado pelo Freedom Fund, por meio de uma doação do Departamento de Estado dos Estados Unidos, o projeto tem como objetivo erradicar a exploração sexual comercial de crianças e adolescentes na Região Metropolitana de Recife, demonstrando um modelo viável para outras regiões do Brasil. Além do Instituto Aliança, nove organizações locais integram a plataforma de parceiros nesta segunda etapa de expansão das ações, composta pela Childhood, Grupo Adolescer, Unicap, Grupo Ruas e Praças, Casa Menina Mulher, Fundação Roberto Marinho, Centro das Mulheres do Cabo e Coletivo Mulher Vida.


Dedicação e foto durante atividade coletiva.

 
 
 
 

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